Ícone do cinema e do jornalismo, Arnaldo Jabor morre em São Paulo

Foto: Divulgação/Reprodução
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Por Patrick Guimarães

O Brasil perdeu um de seus grandes pensadores da “velha escola”, Arnaldo Jabor, na manhã desta terça-feira (15/02). Cineasta, cronista, dramaturgo e jornalista, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), após permanecer internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde dezembro do ano passado.

Carioca da gema, Arnaldo Jabor nasceu em dezembro de 1940. Em seus textos, demonstrava profundo conhecimento sobre o Brasil, sua história e nossa gente. Suas expressões eram marcadas pela sensibilidade furiosa, que se autorrefletia em crônicas espetaculares, assim como também nas telas do cinema e da televisão.

Forte inspiração para jornalistas, escritores e produtores de artes, Arnaldo se firmou como ícone em tudo o que fez. Sua cabeça parecia viajar não somente pelo mundo que conhecemos, mas também por outras dimensões. Tinha um universo (e talvez um pouco mais) dentro da sua alma e traduzia muito bem seus entendimentos através dos seus trabalhos.

Ficou conhecido pelo grande público a partir dos lançamentos de longas-metragens de sucesso nos cinemas nacionais, como diretor na segunda fase do Cinema Novo. Destaque para o documentário Opinião Pública (1967) e os longas Toda Nudez Será Castigada (1973) e O Casamento (1975), ambos adaptados de obras do escritor Nelson Rodrigues.

Em 1986, também se destacou com o filme Eu Sei Que Vou Te Amar, que tinha a jovem atriz Fernanda Torres no elenco. A produção foi indicada à Palma de Ouro, no Festival de Cannes. O último trabalho no cinema foi A Suprema Felicidade, de 2010.

Tornou-se ainda mais conhecido após passar a atuar como comentarista nos telejornais da TV Globo. Jabor morreu aos 81 anos, na manhã desta terça-feira (15/02/2022).

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