Por Redação O CONTEXTO
A defesa da GAS Consultoria, empresa do “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson Acácio Acácio dos Santos, foi autorizada a apresentar à juíza Rosália Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, um plano para pagar os clientes. A informação foi confirmada pelo advogado Ciro Chagas e sinaliza que a empresa tem intenções de regularizar sua situação para continuar operando no mercado financeiro.
Apesar da boa notícia para os clientes da empresa, nenhum detalhe do plano foi revelado, como por exemplo como serão efetuadas as liquidações dos contratos. Os advogados afirmaram apenas que existe dinheiro suficiente para os pagamentos.
A notícia sobre a proposta de acordo entregue à Justiça, publicada ontem (27/01) pelo jornal O Globo, indica que a defesa possa estar buscando um acordo de leniência.
De acordo com o Ministério Público Federal, “o sentido do instituto do acordo de leniência é impor compromisso e responsabilidade às pessoas jurídicas que voluntariamente se propõem a romper com o envolvimento com a prática ilícita e adotar medidas para manter suas atividades de forma ética e sustentável, em cumprimento à sua função social”.
Em troca, o investigado colabora na identificação dos demais envolvidos na infração e a pessoa jurídica é beneficiada com o abrandamento de sanções. (SANTOS, Kleber Bispo dos. Acordo de Leniência na Lei de Improbidade Administrativa e na Lei Anticorrupção. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2018. p. 85).
Segundo a matéria de O Globo, a GAS Consultoria também assumiria as obrigações fiscais sobre as operações.
Caso GAS Consultoria
Preso desde agosto acusado de crime contra o sistema financeiro nacional, Glaidson ganhou notoriedade após movimentar mais de R$ 38 bilhões em contratos de investimentos em criptomoedas. Sob a alcunha de pirâmide financeira, ainda não comprovada pelas autoridades, a empresa prometia 10% de rendimentos ao mês.
Na ocasião da prisão de Glaidson e demais suspeitos, os agentes da PF e Receita Federal apreenderam 591 bitcoins, avaliados na cotação atual em cerca de R$ 195 milhões, dezenas de carros de luxo e mais de R$ 13 milhões em espécie.
Tentativa de homicídio
Em outubro de 2021, Glaidson foi indiciado por tentativa de homicídio, como suspeito de ter encomendado o assassinato de Nilson Alves da Silva, em março do mesmo ano.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro também acusa Glaidson de ter encomendado a morte de Wesley Pessano, encontrado morto a tiros no dia 4 de agosto do ano passado, em São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos.
Atualizada 28/01/21 – 15h37



