Criança foi tratar picada de mosquito e teve dedo amputado

Foto: Divulgação/Reprodução
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Uma criança identificada de apenas um ano de idade, teve o seu dedo amputado por supostamente de erro médico, na última quarta-feira (15/03), no Pronto Socorro Infantil Darcy Vargas (PSI),em São Gonçalo.

Segundo informações obtidas pela equipe de reportagem do jornal O Contexto, a bebê deu entrada na unidade de saúde depois de uma picada de bicho na região da testa, mas, de acordo com a família, a paciente foi entregue à mãe, já com o dedo cortado.

Familiares contam que a pequena Lara recebeu um acesso para a medicação. Na hora da retirada, a técnica de enfermagem teria cortado com uma tesoura, sem querer, parte do membro da criança. Após ver o que tinha acontecido, a mãe da vítima entrou em desespero, voltou a unidade e viu que a criança precisava ficar internada. Até o momento, a mesma não tem previsão de alta.

O pai da criança, Tiago Souza, compartilhou a história nas redes sociais. Segundo ele, a filha chegou ao hospital “com uma picada de mosquito na testa, que inflamou e inchou, foi colocada no soro com antibiótico, e quando foi tirar o acesso que estava enrolado com atadura a tesoura amputou o dedinho”.

De acordo com a família, a unidade teria dito à mãe que não teria mais nada a fazer e que quando a menina recebesse alta definitiva, os parentes deveriam entrar na justiça para ter os direitos garantidos.

Pronto Socorro Infantil

A prefeitura de São Gonçalo, através da Secretaria de Saúde e Defesa Civil, anunciou que o Pronto Socorro Infantil Darcy Vargas (PSI), no Zé Garoto, iria receber obras. Na oportunidade, informou que reformou o equipamento – desde a troca dos pisos até a adequação dos espaços. Para começar serão reformadas a recepção, as duas salas de classificação de risco, recepção do raio-x e salas de apoio. Pelo visto, a unidade de saúde precisa também de ‘reformar’ o seu quadro clínico e, principalmente, colocando profissionais capacitados para atender a população gonçalense.

No Brasil, 1,3 milhão sofre por erro médico; especialista alerta

Estudo recente mostra que dos 19,4 milhões de pessoas tratadas em hospitais no Brasil, 1,3 milhão passam por negligência ou imprudência durante o tratamento médico, todos os anos. São quase 55 mil mortes por ano no país, o equivalente a seis por hora por conta de erros médicos. Especialista em erro médico alerta para a necessidade de ampliar o debate sobre o tema.

Segundo um levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar da Universidade Federal de Minas Gerais (IESS-UFMG), todo ano, dos 19,4 milhões de pessoas tratadas em hospitais no Brasil, 1,3 milhão sofre pelo menos um efeito colateral causado por negligência ou imprudência durante o tratamento médico. O médico perito especialista em erro médico Luiz Carlos Torres, Diretor da AC Peritos, que tem mais de 15 anos de experiência, pondera o agravamento da situação devido à pandemia.

“Vivenciamos um momento único no sistema de saúde do Brasil e do mundo. É preciso averiguar detalhadamente cada caso para, de fato, configurar o erro médico. A situação jurídica dos profissionais da saúde agravou-se ao longo dos últimos meses devido à sobrecarga de trabalho e novas rotinas impostas pela pandemia. Sem dúvida precisamos debater mais amplamente a questão do erro médico no Brasil”, afirma Luiz Carlos Torres.

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