O robô perfeito (uma obra de ficção)

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Por Aldemir Guimarães

Robert é um cientista renomado mundialmente dominando o campo da cibernética. Inventor de vários objetos de utilidades domésticas especializado na criação de robôs. O predomínio desses seres detentores de energia eletrônica já é uma realidade em 2040, tempo em que o automatismo se reflete no comportamento humano.

Num país qualquer do planeta, o presidente segue a orientação de um assessor-robô, totalmente programado para governar. O cientista Robert começa a se preocupar com o aperfeiçoamento desse objeto de consumo… Robert inicia o seu projeto de criar o “Robô Perfeito”, com a finalidade de corrigir todos os defeitos encontrados nos humanos.

Isso despertou até interesse de cientistas da área humana, na expectativa de uma sociedade perfeita. O cientista Robert deu início à sua criação pela estéstica física, espelhando nos modelos mais famosos. Porém, surgiu a primeira grande dúvida em relação ao sexo do robô. Seria um corpo feminino num rosto masculino ou um corpo masculino num rosto feminino?

Mas cientificamente, friamente entendeu que esse não era um detalhe importante porque podia reunir os seres em um só, cuidando exclusivamente da conduta ética na imagem da perfeição.

Definida a questão estética, Robert procurou reproduzir os principais gestos de gentileza nas relações humanas, inclusive buscando expressar as regras dos Dez Mandamentos da Bíblia… Ao alcançar o produto final Robert se viu diante de uma obra perfeita.

O Robô precisava de um nome, batizado pelo cientista de Redentor. Não apresentou qualquer falha humana aos olhos do seu criador. Redentor exibe todo o exemplo de boa conduta no convivio social, chegando a ser confundido com uma pessoa, pela aparência.

Com sua produção em série, Redentor passou a ser muito utilizado para a proteção de pessoas na rua, atendendo pedestres com dificuldades, especialmente crianças, idosos e deficientes físicos, ao atravessarem em sinais de trânsito, nas calçadas e até em recepção de órgãos públicos…

Robert estava feliz com sua criação perfeita, melhor do que um ser humano. No entanto, o caráter, compromisso que o robô apresentava perfeitamente, deixava Redentor dependente de manutenção executada por alguém… Até que um dia, inesperadamente, o “Robô Perfeito” meteu a mão na cara de uma senhora de 90 anos, sem mais nem menos…

* Aldemir Guimarães é jornalista, poeta, escritor e professor aposentado. Autor dos livros “Meu Tempo Nosso Tempo” (Litteris 2004), “Jorginho, o Menino de Ouro” (2ª Edicão – Litteris – 2007 e 2014), “A Formiga Solitária” (Quártica Premium 2009), “O Último Em Canto” (Quártica Premium 2012), “Mãe Gralha” (Quártica Premium 2015) e “Consciência Poética” (Clube dos Escritores – Super Livros 2018). O texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do RIO PRESS.

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