Caos nos hospitais federais: ministra exonera presidente do DGH ligado a deputado federal

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Por Redação,

A rede federal de Saúde no Rio de Janeiro virou sinônimo de descaso, incompetência, desperdício e sofrimento para quem depende dos serviços oferecidos pelos seis hospitais do governo federal no estado. Denúncias mostram o sucateamento das unidades, suspeitas de fraudes e mau uso do dinheiro público. Após uma gestão desastrosa, ontem (18/03), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a demissão do presidente do Departamento Geral de Hospitais (DGH), Alexandre Telles, que assumiu o órgão federal no estado por indicação do deputado federal Dimas Gadelha (PT).

No Hospital Federal dos Servidores, por exemplo, uma empresa contratada (emergencial e com dispensa de licitação) não estaria prestando os serviços, apesar do contrato de mais de R$ 5 milhões. Uma obra prevista, desde agosto de 2023, para ampliação da câmara mortuária da unidade sequer foi iniciada. O Ministério Público Federal (MPF) pediu informações sobre o contrato ao diretor da unidade.

No ano passado, o diretor geral do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, também indicado por Dimas Gadelha, foi denunciado por funcionários após ordenar um revestimento acústico em seu gabinete, uma obra cara e desnecessária. Meses depois, em janeiro desse ano, o Cardoso Fontes ficou alagado após fortes chuvas. Vários setores foram desativados e equipamentos danificados.

Após um ano de gestão, manutenção nenhuma foi realizada e hospital Cardoso Fontes ficou alagado

No último domingo (17/03), o programa Fantástico (Globo) mostrou a administração desastrosa do Departamento Geral de Hospitais do Rio de Janeiro (DGH-RJ). Clique no link e assista a reportagem:

https://globoplay.globo.com/v/12444117/

Nesta segunda-feira (18/03), o RJTV1 revelou suspeita de fraude no Hospital Federal de Bonsucesso, onde foi registrada a entrada de 65.344 agulhas hipodérmicas, mas o material sumiu da unidade. Assista (a partir de 46 minutos e 50 segundos):

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/rj1/video/edicao-de-18032024-12445490.ghtml

No hospital do Andaraí, onde o diretor geral também é indicado de Dimas Gadelha, a mesma realidade compõe a rotina de funcionários e pacientes.

Desperdício de milhões marcam a gestão do DGH no Rio desde o início de 2023

Ministra exonera presidente do DGH-RJ

Após meses de denúncias contra os gestores do DGH-RJ ligados ao deputado Dimas Gadelha, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou, ontem (18/03) à noite, a exoneração de Alexandre Telles do cargo de presidente do DGH-RJ. Telles também foi indicado por Dimas Gadelha.

“Hoje não há grupo político dono desses hospitais do ponto de vista da alta gestão, isso posso garantir”, disse a ministra da Saúde durante entrevista.

Contrariando as próprias declarações, Nísia escolheu a médica e ex-deputada federal pelo PT (2007-2010) Cida Diogo, para assumir a vaga deixada por Alexandre Telles. Cida seria ligada ao grupo do deputado federal Lindberg Farias (PT).

O caos na rede federal no estado tem sido atribuído diretamente ao deputado federal Dimas Gadelha. De fevereiro de 2023 até o início de 2024, o parlamentar não mediu esforços para se colocar como o “protagonista” da saúde federal no Rio de Janeiro.

A reportagem abaixo aponta a forte influência do deputado Dimas Gadelha (PT) na composição das equipes no DGH-RJ, desde o início de 2023.

Assista matéria no link abaixo:

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/rj2/video/grupo-ligado-a-deputado-federal-dimas-gadelha-pt-assume-cargos-importantes-em-hospitais-federais-do-rj-11660746.ghtml

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