Projeto estimula leitura em 13 escolas públicas do Rio, Região Metropolitana e interior do estado

Foto: Divulgação/Reprodução
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SuperAutor incentiva a capacidade criativa de estudantes e promove o amor pelas letras

A alfabetização continua sendo um grande desafio em escolas públicas do Brasil, conforme apontam dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Em 2021, no auge da pandemia, apenas 27% das crianças do 2º ano do Ensino Fundamental na rede pública estadual do Rio de Janeiro sabiam ler. Porém, iniciativas como o projeto SuperAutor, patrocinado pela Águas do Rio, já começam a transformar essa realidade em 13 colégios municipais e estaduais do Rio, Região Metropolitana e interior fluminense.

Por meio da escrita e da leitura, o SuperAutor estimula a capacidade criativa dos alunos e já promoveu o desenvolvimento educacional e social de cerca de mil estudantes, entre 6 e 12 anos. Isso sem contar o impacto positivo gerado em quem vive e estuda em áreas de vulnerabilidade social. O programa está presente em escolas da capital, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito, São João de Meriti, Japeri, Belford Roxo, Nova Iguaçu, Queimados, Magé, Cachoeiras de Macacu e São Francisco de Itabapoana.

Durante seis encontros em sala de aula, alunos e professores trabalham na criação de histórias e desenhos que serão utilizados para ilustrar livros personalizados. Uma consultoria especializada do projeto também auxilia desde os primeiros passos até a entrega dos livros, abordando temas ligados à saúde e ao meio ambiente. Isso tem inspirado alunos que antes não se mostravam tão interessados em adquirir conhecimento.

Além do material didático, as crianças recorrem a livros e a vídeos na internet para auxiliar na produção de suas histórias. Em seguida, as obras são inseridas em uma plataforma online, passam por uma análise e, ao final do processo, são impressas e lançadas em um evento de autógrafos na escola. Desde o início da implementação do programa, os professores passaram por capacitações, e os pais foram integrados ao processo com uma abordagem inclusiva, tornando-se peças fundamentais desse novo desafio.

“Nunca tinha visto certas crianças tão envolvidas com a leitura como agora. Elas estão levando para casa qualquer tipo de livro, e isso representa uma mudança significativa”, afirmou a professora Monique Dias Manso, que dá aula na Escola Municipal Cantor e Compositor Gonzaguinha. A instituição funciona há 31 anos na comunidade da Kelson’s, na Maré, Zona Norte carioca, e atende cerca de 280 alunos do 1º ao 6º ano do Ensino Fundamental.

Ainda segundo Monique, presenciar o entusiasmo e o esforço das crianças é uma grande recompensa. “Agora, a leitura se tornou algo prazeroso para eles. Antes, achavam cansativo. Isso gerou um avanço expressivo na alfabetização”, comemora.

Educação como instrumento de transformação social

O impacto do projeto vai além do desempenho acadêmico, contribuindo também para a formação de leitores atentos e apaixonados. Para Sylvia Passos, gerente de Responsabilidade Social da concessionária, o SuperAutor não apenas aprimora o aprendizado, mas também oferece aos alunos uma nova perspectiva de futuro:

“Em locais como a comunidade da Kelson’s, onde os desafios sociais são evidentes, iniciativas como essa ajudam a formar cidadãos mais críticos e criativos. Esse é o propósito da Águas do Rio. Sabemos que a educação é uma ferramenta poderosa de transformação social.”

Wesllyn Rodrigues da Silva, de 11 anos, falou com entusiasmo sobre a experiência: “Estou muito ansioso para ver como vão ficar o livro, a capa, a história e o desenho. Está sendo fácil desenhar a história. Eu leio o que está escrito, penso no significado e desenho.”

Expectativa para o dia dos autógrafos

O SuperAutor conta com um evento de autógrafos para as crianças assinarem seus livros em cada uma das 13 escolas. A obra também é disponibilizada em versão digital gratuita, que fica armazenada para leitura no acervo do site do projeto (https://superautor.com.br/). Até que o grande dia chegue, a expectativa é grande tanto para os alunos quanto para os pais.

“Durante as aulas de reforço, às quintas e sextas, sempre pegamos um livro para ler. Estou ansioso para receber o meu, mostrar para a minha professora da explicadora e ler junto com meus amigos”, revela Wesllyn.

A tarde de autógrafos na Maré é a que vai reunir mais estudantes: ao todo serão 70. E está marcada para o dia 11 de dezembro na Escola Municipal Cantor e Compositor Gonzaguinha.

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