Através de fotos, um homem registrou o momento em que caminhões lotados de uniformes da rede pública municipal de Educação descarregaram o material e tacaram fogo. Revoltado, ele também gravou um áudio, no qual questiona a ação.
Segundo a denúncia, o fato ocorreu na localidade conhecida como Mendanha, na Rua Marcolino da Costa, antiga Estrada do Sebo, em Campo Grande, no Rio de Janeiro. Pelo aplicativo Google Maps, dá uma distância de 96 quilômetros entre Maricá e o endereço onde os materiais foram queimados.
“Acabei de receber essas fotos de roupas do município de Maricá (sendo) queimadas… três caminhões lotados com essas roupas novas da Prefeitura de Maricá… queimaram tudo… três caminhões lotados, uma vergonha. Eu, sinceramente, chego (sic) a estar passando mal aqui, suando… tô divulgando, passando pra todo mundo pra ver se alguém toma uma providência cara. Polícia (Civil) ou Polícia Federal ir ao local ir ao local fazer uma investigação, entendeu? Que poxa, tá lá bem nítido, Prefeitura de Maricá. As roupas novas, calças… poxa, não serve mais, faz uma doação, tem muita gente precisando. Aí botam fogo…”, diz o homem, nervoso e ofegante, em áudio recebido pela equipe de O CONTEXTO.
Aparentemente, todo o material nunca foi usado. Camisas, bermudas, calças, etc. É possível ver alguns produtos dentro dos sacos e amarrados como se fossem para entrega.
O local é uma área rural e praticamente sem construções. A prefeitura afirmou que os uniformes atuais estão sendo distribuídos aos 26 mil alunos da rede pública e são diferentes dos revelados nas imagens.
De acordo com a prefeitura, a empresa identificada pelas etiquetas nas fotos dos materiais queimados nunca prestou serviço para a Secretaria de Educação.
É de se estranhar que uma empresa que nunca forneceu este tipo de material à Educação do município, segundo a Prefeitura, produza milhares de uniformes e os guarde para depois descartá-los sem uso?
Em resposta, a Prefeitura de Maricá informou que a secretária de Educação, Adriana Luiza da Costa, foi à 82ª DP (Maricá) e registrou boletim de ocorrência, solicitando que a polícia investigue o ocorrido e aponte os responsáveis.