Em uma assembleia realizada na noite de terça-feira, 3 de outubro, o sindicato dos metroviários decidiu encerrar a greve que afetou o metrô de São Paulo. Isso significa que as linhas de trem e metrô voltarão a operar normalmente nesta quarta-feira, dia 4.
A votação contou com a participação de mais de 2.900 trabalhadores. Do total, 79% votaram a favor do encerramento da greve, enquanto 19% optaram por continuar o movimento. Além disso, 39% dos participantes votaram para que não houvesse novas paralisações na próxima semana.
A greve desta terça-feira foi considerada bem-sucedida pelo sindicato, que também incluiu os ferroviários da CPTM e os trabalhadores da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) em seu movimento. A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, destacou o apoio da população à luta contra as privatizações.
Apesar da decisão de encerrar a greve, Camila demonstrou otimismo em relação à contínua luta contra a terceirização e privatização. Ela também rebateu as declarações do governador Tarcísio de Freitas, que afirmou que seu plano de privatização havia sido aprovado nas urnas.
Governador Tarcísio reforça a privatização
Apesar do apelo dos grevistas, o governador Tarcísio manteve sua defesa pela privatização ao longo do dia e reforçou seu compromisso com a agenda prometida durante a campanha eleitoral. Ele classificou o movimento dos trabalhadores como “ilegal”, “abusivo” e “político”.
Em uma entrevista à imprensa durante a manhã de terça-feira, o governador chegou a elogiar a operação nas linhas privatizadas. No entanto, horas depois, uma falha na Linha 9 – Esmeralda, gerenciada pela Via Mobilidade, gerou críticas por parte dos opositores ao governador.