O Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal) em Niterói enfatiza a importância do acompanhamento pré-natal em resposta ao crescente número de casos de hipertensão arterial durante a gestação. A trágica perda da filha da cantora Lexa, que faleceu devido a complicações de uma pré-eclâmpsia e Síndrome HELLP, sublinha a necessidade crítica de cuidados especializados durante a gravidez.
Em janeiro deste ano, 37,2% das internações na maternidade do Heal foram devido a complicações hipertensivas, com 99 das 266 internações atribuídas a condições hipertensivas. Dentre estas, 73 mulheres necessitaram de intervenções cirúrgicas, incluindo 60 cesarianas e 13 partos normais. Além disso, 26 grávidas foram liberadas após receberem os cuidados necessários.
A maioria das pacientes afetadas tinha entre 20 e 29 anos e estava na gestação de mais de 37 semanas. Angélica Salvador, uma paciente de 34 anos de Itaboraí, foi diagnosticada com Síndrome HELLP durante sua primeira gravidez e precisou ser submetida a uma cesariana urgente. Sua filha, Maria Aracy, nasceu prematura com apenas 29 semanas e 915 gramas, permanecendo na UTI Neonatal.
Angélica, que já sofria de hipertensão desde os 19 anos, destacou a importância do pré-natal, especialmente após sofrer inchaços severos e falhas em seus órgãos vitais durante a gravidez. Ela se emocionou ao relembrar o caso de Lexa, destacando a tristeza de compartilhar uma experiência tão dolorosa.
Dra. Márcia Bessa, médica obstetra do Heal, enfatiza que um pré-natal apropriado pode prevenir muitas complicações e é crucial para o bem-estar de mãe e bebê. Ela recomenda no mínimo uma consulta por mês no início da gravidez, aumentando a frequência à medida que a gestação avança.
Além disso, o Heal se orgulha de ser um centro de referência para gestações de alto risco na Região Metropolitana II, oferecendo atendimento imediato e uma nova maternidade equipada com 36 leitos e uma UTI Neonatal moderna, garantindo assistência integral e especializada para cada paciente.
