Justiça afasta deputado Anderson Alexandre da Alerj, suspeito de chefiar quadrilha e desviar verba
Por Redação O CONTEXTO
O deputado estadual Anderson Alexandre (Solidariedade) foi afastado pela Justiça do cargo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), acusado de desviar mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos quando era prefeito de Silva Jardim. Em investigação do Ministério Público, ele também figura como chefe de uma organização criminosa. A decisão foi tomada na última sexta-feira (28/01).
Segundo a investigação, a quadrilha chefiada pelo deputado tinha o foco em manter o grupo político no poder. Para isso, diversos cargos fantasmas deram apoio político na eleição de 2016, na qual ele foi reeleito com 7.470 votos.
Anderson Alexandre foi prefeito do município de Silva Jardim entre 2013 e 2016, quando nomeou 54 funcionários fantasmas para ocuparem cargos comissionados na Prefeitura, de acordo com a investigação.
Além de Anderson Alexandre, outras sete pessoas foram denunciadas no processo. São elas: Wanderson Simenes Alexandre (Anderson Alexandre), Roni Luiz Pereira da Silva, Jazimiel Batista Pimentel, Adão Firmino de Souza, Flávio Eduardo da Costa Brito, Fhelipe de Souza Aorim, Emerson Santos Leite, Thais de Oliveira Gabardo.
O deputado já tinha sofrido uma condenação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre a campanha de 2016 já tinha rendido uma condenação a Alexandre. Na ocasião, ele foi acusado de fraudar atas de convenção partidária das eleições para prefeito.
Em 2018, Anderson deixou o cargo para concorrer à Alerj e foi eleito, mas em novembro acabou sendo preso e ficou na cadeia por três meses.
Bancada do partido na Alerj
Na bancada do Solidariedade na Alerj estão Marcos Muller, citado no relatório do Conselho de Atividade Financeira (Coaf) sobre rachadinhas na Alerj; Coronel Jairo, que foi preso na operação Furna da Onça, e é pai do vereador Jairinho; e Vandro Família.
Anderson Alexandre nega as acusações e afirma acreditar na Justiça. Afirma ainda que a denúncia é requentada, ressurge em todo ano eleitoral, na tentativa de difamar o deputado junto ao eleitorado.
A defesa do deputado divulgou nota. Confira:
“O deputado jamais praticou atos ilícitos, nunca foi condenado criminalmente em nenhuma instância e tem a convicção de que será feita justiça. Anderson Alexandre permanece no exercício do mandato conferido pela Assembleia Legislativa do Rio uma vez que juiz de primeira instância não tem competência para examinar qualquer ação penal referente a deputado estadual”.
