O estado do Rio de Janeiro enfrenta desafios persistentes no combate à violência, como evidenciado por dados recentes do Instituto de Segurança Pública. De janeiro a setembro de 2023, o estado registrou um aumento alarmante nos casos de extorsão, com 2.369 ocorrências, representando um aumento de 55% em relação ao mesmo período de 2022. Além disso, os crimes violentos letais intencionais, que incluem homicídios dolosos, aumentaram 9,8%, totalizando 2.555 casos. Os homicídios dolosos cresceram 9,3%, com 2.472 registros.
O especialista em segurança pública, Paulo Storani, destaca a impunidade como um fator significativo para o aumento da violência no estado. A sensação de que o crime compensa se intensifica quando delitos importantes não são devidamente controlados e criminosos frequentemente não cumprem suas penas. Esse cenário cria uma ambiência favorável à criminalidade e, se não forem tomadas medidas eficazes, a tendência é de um agravamento do problema.
Embora haja um aumento notável em extorsões e homicídios dolosos, os dados também revelam algumas reduções importantes. Roubos diminuíram 14,6%, roubos de cargas caíram 11,5% e mortes por intervenção de agentes do Estado tiveram uma queda de 28,5%. O governo estadual ressalta as prisões em flagrante, recuperação de veículos roubados e apreensões de drogas realizadas pelas forças estaduais de segurança.
Para ajudar a combater a violência, cerca de 300 membros da Força Nacional de Segurança foram destacados nas estradas do estado, trabalhando em conjunto com 250 agentes da Polícia Rodoviária Federal. No entanto, Storani enfatiza que essa ajuda, embora bem-vinda, é insuficiente para resolver o problema de segurança pública no Rio de Janeiro.
Ele argumenta que 300 homens, trabalhando em turnos, representam um recurso limitado em comparação com os desafios enfrentados. Portanto, para enfrentar eficazmente a escalada da violência, são necessários recursos financeiros adicionais e estratégias mais abrangentes que visem abordar as causas subjacentes do problema.