Eleições 2024: PT e PL também vão caminhar juntos

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Itaboraí não avança e população cobra o prefeito

Por Patrick Guimarães

PT e PL costuram acordos para as eleições de 2024 no Rio de Janeiro. Embora uma aliança formal seja improvável, caciques das duas siglas já mapearam municípios em que há interesses convergentes. Apesar das divergências entre os partidos, a começar pelo fato de Bolsonaro ser filiado ao PL, tudo indica que as alianças entre as legendas devem acontecer sim, já que em 2020, no auge da polarização política no país, a chapa vencedora em Itaboraí teve a formação com os cadidatos Marcelo Delaroli (PL) e Casula (PT), atuais prefeito e vice da cidade.

O governador Cláudio Castro (PL) e seus aliados vêm buscando alinhamento com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). A contrapartida seria garantir as candidaturas de Rodrigo Neves (PDT), em Niterói, e Washington Quaquá (PT), em Maricá, aliados de Paes.

Vice-presidente nacional do PT, o deputado federal Washington Quaquá está entre os principais agentes de articulação entre PT e PL no Rio, já pensando na reeleição de Lula, em 2026. Neste ano, a costura política prevê o atual presidente disputando a reeleição com apoio de Cláudio Castro, que sairia em busca de uma vaga no Senado com apoio também de Eduardo Paes.

Para garantir a parceria com Eduardo Paes, o governador vem trabalhando para inviabilizar a candidatura de seu secretário estadual de Saúde, Doutor Luizinho (PP). Nessa articulação, o governador também tem o objetivo de escolher o vice de Paes.

Seguindo essa linha, o PT se disponibiliza a formar coligações com candidatos do PL  em São João de Meriti e Nilópolis, ambos na Baixada Fluminense.

Já o PL não colocaria candidatos na disputa pelas prefeituras de Niterói, onde Castro quer frear a candidatura de Carlos Jordy (PL) e deve apoiar Rodrigo Neves (PDT). Outra cidade na qual abriria concessão em prol do partido de Lula é Maricá, onde o bolsonarista de carteirinha Filippe Poubel (PL) abre condições para os irmãos Delaroli fortalecerem a aliança com o PT, com forte atuação de Quaquá.

Quaquá, Eduardo Paes e Diego Zeidan — Foto: Reprodução

Em São Gonçalo, tudo leva a crer que não haverá fechamento entre os dois partidos. Enquanto o PL pretende reeleger o prefeito, Capitão Nelson, sob a batuta do deputado federal Altineu Côrtes, presidente estadual do partido e muito influente em âmbito nacional, o PT deve lançar novamente Dimas Gadelha, que foi eleito deputado federal no ano passado e, em 2020, foi derrotado no segundo turno pelo capitão por menos de 1% dos votos válidos no município.

O deputado Washington Quaquá também busca emplacar o seu filho, Diego Zeidan, como vice de Eduardo Paes na disputa pela reeleição à prefeitura do Rio.

Altineu e Castro se afastaram no início desse ano, mas as divergências não superaram a necessidade de um obter o apoio do outro politicamente. Ambos são muito fortes. A reaproximação entre os dois já pode ter um efeito em breve, com uma possível nomeação do deputado estadual Douglas Ruas (PL), filho do prefeito de São Gonçalo, entre os secretários estaduais, o que fortaleceria o clã Ruas nas eleições de 2024.

PT e PL poderão caminhar lado a lado em 2024

O comando petista decidiu autorizar alianças com o partido de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições municipais do próximo ano. A decisão do diretório nacional do PT permite coligações com candidatos do PL nos municípios, desde que apoiem o presidente Lula (PT). A decisão foi tomada na última segunda-feira (28/08). A resolução foi divulgada na quarta-feira (30/08) e proíbe explicitamente o apoio a candidaturas identificadas com o bolsonarismo, mas não menciona o PL.

O deputado federal Jilmar Tatto (SP), também secretário de comunicação do PT, ressaltou não haver “impedimento em relação ao PL, apenas ao projeto bolsonarista” e que “é permitido aliar-se ao PL se o candidato a prefeito declarar seu apoio a Lula em 2026. A resolução do PT também defende explicitamente a reeleição de Lula, sendo a primeira vez que o partido inclui essa proposta em um documento.

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