A operação na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu foi interrompida pela Cedae nesta segunda-feira (28), após uma densa espuma branca surgir no manancial de captação. Responsável por 80% do abastecimento na capital e Região Metropolitana, o Sistema Guandu teve sua operação suspensa em busca de segurança hídrica, enquanto técnicos investigam a origem da substância não identificada.
A ação, motivada pela segurança da população, afeta áreas atendidas pelas concessionárias Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento. A equipe do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) também está envolvida na investigação. Embora os resultados das análises ditem a possibilidade de retomada, o abastecimento pode levar até 72 horas para normalizar após o controle da situação.
Em uma entrevista à TV Globo, Daniel Okumura, diretor de Operações e Grande Saneamento da Cedae, explicou os procedimentos adotados diante de problemas como esse. “Paralisar a estação e analisar a água bruta são protocolos quando há algo incomum na captação”, disse Daniel. Ele suspeita que a espuma possa ser um surfactante, como detergente, lançado na água por indústrias ou residências.
Diante da interrupção, a Iguá alertou para possíveis influências na pressão da água nas áreas atendidas e aumentou a disponibilidade de caminhões-pipa para situações emergenciais. A Águas do Rio informou que, embora o Sistema Guandu forneça a água tratada, são responsáveis pela distribuição em áreas do Centro, zonas Norte e Sul, e cidades vizinhas.
Moradores também sentiram o impacto. Arthur Camargo, residente em Duque de Caxias, relatou a falta de água e destacou a importância do Sistema Guandu para os cerca de 13 milhões de habitantes afetados.