O ex-tenente coronel da Polícia Militar, Cláudio Luiz Silva de Oliveira, que enfrenta uma pena de 34 anos e seis meses de prisão pela morte da juíza Patrícia Acioli, está em busca de uma oportunidade de reabilitação acadêmica. A Justiça do Rio de Janeiro autorizou sua participação no curso de graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói.
A decisão, baseada no comportamento satisfatório de Cláudio no sistema prisional, permite que ele frequente aulas e siga um caminho de educação e reinserção social. O ex-PM foi admitido na UFF para o segundo semestre deste ano e irá estudar disciplinas relacionadas à Antropologia, Sociologia, Diversidade Cultural, Metodologia das Ciências Sociais e Política.
Para possibilitar sua participação nas aulas, o juiz autorizou sua saída do Complexo Penitenciário de Gericinó, localizado em Bangu, Zona Oeste do Rio, duas horas antes do início das aulas, com retorno em até duas horas após o término das atividades acadêmicas.
Cláudio Luiz Silva de Oliveira já cumpriu 37% de sua pena, mas ainda enfrenta 21 anos de detenção. Embora esteja em regime semiaberto, a Justiça negou anteriormente seu pedido para deixar a prisão temporariamente para trabalhar ou passar tempo com a família, considerando a gravidade dos crimes pelos quais foi condenado.
O ex-PM foi condenado por homicídio qualificado e associação criminosa, sendo apontado como o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli em 2011, quando ele era o comandante do 7º BPM (São Gonçalo). Em maio deste ano, ele foi demitido da corporação, e seus recursos para reverter a decisão do governador Cláudio Castro foram negados pela Justiça em junho.