A postura do Exército diante do desaparecimento de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra em Barueri, na Grande São Paulo, resultou na punição administrativa de 17 militares. Oficiais superiores, capitães, tenentes e subtenentes, responsáveis pela gestão, fiscalização e controle do armamento, foram sancionados com até 20 dias de prisão disciplinar, conforme apurado. Outros cinco ainda aguardam julgamento.
A conclusão do procedimento administrativo indicou que os militares foram negligentes, uma vez que permitiram o desaparecimento das armas e demoraram a perceber a falta no arsenal. Paralelamente, um Inquérito Policial Militar está em curso, no qual sete militares são suspeitos de envolvimento direto no furto das armas, e tiveram seus sigilos quebrados. A expectativa é que a análise de mensagens e movimentações financeiras revele os detalhes do crime, desde seu planejamento até a receptação. Uma das teorias investigadas é a possível cooptação dos militares por facções criminosas fora do quartel.
É importante destacar que o Inquérito Policial Militar possui jurisdição para investigar civis, devido à natureza do crime, contando com a colaboração das polícias Civil e Federal. Até o momento, 17 das 21 metralhadoras furtadas foram localizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo