Governo firma acordo para concluir estação Gávea do Metrô: Metrô rio assume obras em troca de prorrogação de concessão

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O governo estadual costurou um acordo para dar continuidade às obras da Estação Gávea do metrô, que encontram-se paralisadas desde 2015. Segundo a proposta, que aguarda a aprovação dos órgãos de controle do RJ, a Metrô Rio, concessionária responsável pela operação das três linhas no Rio, financiaria os R$ 600 milhões necessários para a conclusão do terminal. Em contrapartida, receberia uma extensão de 10 anos em sua concessão.

A empresa Rio-Barra, responsável pela construção da Linha 4 até a Barra da Tijuca, ficaria encarregada da execução das obras na Gávea. Na quinta-feira (23), governo, Metrô Rio e Rio-Barra assinaram um protocolo de intenções para o serviço. Contudo, os termos dependem da aprovação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) para formalização do contrato.

A previsão é que a obra tenha uma duração de 30 meses. Se o acordo for aprovado pelos órgãos de controle nas próximas semanas, os trabalhos serão retomados ainda este ano, com término estimado para meados de 2026.

**Impasse de 8 anos:**
A construção do trajeto ferroviário ligando Ipanema, na Zona Sul, à Barra da Tijuca, na Zona Oeste, teve início em 2010, 12 anos após a assinatura do contrato de concessão pelo governo. Embora a Linha 4 tenha começado a operar em 2016, em função das Olimpíadas do Rio, a expansão até a Gávea foi adiada, e desde 2015, o trecho correspondente permanece inativo, cercado por suspeitas de superfaturamento e sobrepreço.

Um estudo indicou o risco de afundamento, com potencial dano significativo à região. O canteiro da Estação Gávea está situado próximo à PUC e alguns edifícios. Durante as obras, foram escavados dois grandes buracos, cada um com cerca de 50 metros de profundidade.

Para garantir a segurança, as paredes dos buracos foram revestidas com uma camada de proteção denominada concreto primário, e tirantes foram instalados para fortalecer a estrutura. Em janeiro de 2018, diante da ausência de previsão para retomar a obra, os engenheiros decidiram encher os buracos com água para aumentar a segurança, pressionando as paredes e evitando desmoronamentos. Em dezembro de 2021, o RJ1 revelou que 740 peças destinadas às obras de extensão da linha, avaliadas em cerca de R$ 50 milhões, estavam abandonadas em um depósito na Avenida Francisco Bicalho, no Centro do Rio.

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