Durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Pequim nesta terça-feira (13), Brasil e China celebraram mais de 30 acordos e parcerias. Esses acordos abrangem uma vasta gama de setores incluindo infraestrutura, sustentabilidade, energia e saúde, fortalecendo os laços bilaterais entre as duas nações.
O presidente Lula, em uma declaração para os jornalistas, enfatizou a importância dessas assinaturas. “Esses atos refletem o dinamismo que o presidente Xi e eu estamos promovendo nas nossas relações bilaterais,” afirmou Lula. Entre os documentos mais notáveis, está o que visa reforçar a colaboração entre estaleiros brasileiros e chineses, alinhado com o esforço do governo brasileiro em revitalizar sua indústria naval.
Lula também mencionou protocolos na área da saúde que visam aumentar a capacidade do Brasil de produzir medicamentos, vacinas e equipamentos médicos.
No campo da infraestrutura e sustentabilidade, Lula destacou o lançamento de mais dois satélites do programa Satélite de Recursos Terrestres Brasil-China, os CBERS 5 e 6, que contribuirão com dados para uso ambiental, agrícola e meteorológico. Além disso, discutiu-se a mobilização de financiamento para projetos de infraestrutura, com foco nas Rotas de Integração Sul-Americana, que Lula descreve como cruciais para o desenvolvimento regional.
Outra iniciativa promissora é o Túnel de Santos, que tem atraído o interesse de investidores chineses. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, foram assinadas ações que podem ultrapassar R$ 6 bilhões em investimentos no setor portuário. “Empresas chinesas estão preparadas para participar do leilão em agosto, que definirá o consórcio responsável pela construção do Túnel de Santos,” declarou Costa Filho.
A relação econômica entre Brasil e China continua robusta, com o Brasil exportando US$ 157,5 bilhões para a China em 2023, um valor recorde, e importando US$ 104,3 bilhões. Isso coloca a China como o maior parceiro comercial do Brasil, com o volume de comércio superando até mesmo os combinados dos Estados Unidos e da União Europeia.
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