Em seu terceiro mandato na Alerj, Neskau foi preso na Operação Furna da Onça, da Lava-Jato
Por Redação O CONTEXTO
Após uma “queda de braço” dentro do partido, o deputado estadual Marcus Vinícius Vasconcelos Ferreira, conhecido no meio político como Neskau, foi eleito na última sexta-feira (11/02) o novo presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). O deputado era o atual vice-presidente nacional e é ex-genro do cacique da sigla Roberto Jefferson.
Eleito por unanimidade durante a convenção do partido, com 78% dos votos dos presentes a seu favor, Neskau assume o lugar de Graciela Nienov, que entrou em atrito com o ex-deputado federal Roberto Jefferson, ex-presidente da sigla e atual presidente de honra. Jefferson cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica desde o último dia 25.
Há mais de 25 anos no PTB, Marcus Vinícius acumulava a vice-presidência nacional da legenda e a liderança do diretório estadual do partido no Rio de Janeiro. Ele foi casado com Fabiana, uma das filhas de Roberto Jefferson.
Cumprindo seu terceiro mandato na Alerj, Neskau foi um dos presos na Operação Furna da Onça acusado de receber propinas mensais, em 2018. Segundo os investigadores, a quadrilha movimentou R$ 66 milhões.
Sobre a prisão, ele nega ter participado do esquema de corrupção, que também envolveu outros deputados da Alerj. Neskau disse que “a própria Justiça reconheceu a arbitrariedade da sua prisão e que o processo no TRF, por conta dos abusos cometidos, foi anulado”. Destacou ainda não ser réu e estar em liberdade.
A respeito da troca no comando do partido, em nota divulgada na última sexta-feira (11/02), a nova Executiva Nacional do PTB disse que “não existe decisão judicial anulando a eleição realizada nesta sexta-feira (11/02), que legitimou a escolha do deputado Marcus Vinícius na presidência do partido”.
O texto diz ainda que a atual executiva já está tomando as providências necessárias para restabelecer a administração das redes sociais do partido, que ainda estão sendo conduzidas pela equipe da antiga presidente e, por isso, disseminando fake news. Os responsáveis por essas notícias falsas responderão cível e criminalmente”, completou a nota.