Mercado de criptoativos: futuro ou furada?

Foto: Divulgação/Reprodução
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Por Patrick Guimarães

Em um processo de crescimento meio disfarçado, o mercado de criptoativos, ou criptomoedas, passou a atrair a atenção de diferentes perfis de investidores e despontou a partir de 2014 no Brasil. Apesar do tempo corrido, atualmente, pouca gente entende do assunto. Ainda existe muita insegurança, principalmente porque os brasileiros não estão acostumados a ver seu dinheiro rendendo algo significativo quando aplicado nas instituições financeiras ditas tradicionais, como os bancos. Entre a desconfiança dos mais conservadores e os resultados positivos vistos sem filtros pelos analistas, sem precedentes no mercado financeiro do país, as moedas digitais explodiram uma bolha e passaram a aguçar a curiosidade até mesmo dos mais incrédulos.

Impulsionado após a criação da Bitcoin, sua principal moeda até hoje, criada em 2008, o mercado se expande sem parar em relação às ofertas de novos ativos, que podem ser negociados diretamente através de plataformas como a Binance, no celular ou no computador. Também existem corretoras, as chamadas exchanges, que fazem isso para o investidor, sob um percentual a combinar sobre o valor investido na empresa contratada.

Contudo, o mercado não é só alegria. Nos últimos cinco anos, dezenas, talvez centenas, de escritórios se espalharam pelo país prometendo lucro excepcionais aos investidores. Com lábia e inteligência, apesar de ser para o mal, muitos desses novos consultores financeiros conseguiram atrair investidores, inclusive famosos e grandes empresários, mas no fim das contas só conseguiram acumular a riqueza dos outros e fazer, na realidade, um esquema de pirâmide financeira (Esquema Ponzi). Por isso, é recomendável pesquisar bastante antes de fechar negócio.

Como se tratam de produtos gerados sobre a criação de tecnologias variadas, para muitos a realidade desse mercado é um caminho sem volta, que só tende a crescer cada vez mais. Quem acompanha o crescimento dos criptoativos, nos últimos 10 anos, sabe que hoje vale a pena investir.

Nessa onda infinita de possibilidades, as “smartcoins”, criptos geradas através de contratos inteligentes, aparecem entre os mais promissores no futuro. Segundo o Mercado Bitcoin, essas moedas digitais já somam quase 1.700% de valorização somente em 2021.

Na opinião de Marcelo Sampaio, CEO da gestora de criptos Hashdex, “quando o assunto é criptoativo, o investidor brasileiro é muito melhor servido em produtos listados em bolsa do que o americano”.

A palavra criptoativo ainda nem faz parte do dicionário da Língua Portuguesa, tão novo é o mercado. Talvez os grandes bancos, corretoras e financeiras de valores tenham percebido, há pouco tempo, que perderam o time do mercado.

Ao ignorar tais novas possibilidades de investimento, as instituições tradicionais viram bilhões de ativos financeiros espalhados por diversos novos escritórios, Brasil afora e até no exterior, tomando algo que poderia estar com eles.

Então a corrida pelo ouro começou, mesmo que tardia, entre os grandes grupos. Os “pequenos” e sem tradição no mercado que se cuidem. Curiosamente, apesar de ainda não existir regulamentação para o mercado de criptomoedas no país, as grandes instituições passaram a também oferecer gestão de investimentos em criptomoedas. Difícil ignorar o futuro, pois ele chega e invade sem pedir licença.

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