A situação epidemiológica no estado do Rio de Janeiro demanda uma resposta urgente diante do aumento alarmante de 97% nos casos de dengue em novembro de 2023 em comparação com o ano anterior, conforme dados recentes da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
O crescimento exponencial é evidente ao observarmos os meses anteriores. Em outubro de 2022, apenas 1.444 casos foram notificados, contrastando com os 4.530 registrados em 2023, um aumento surpreendente de 213%. Setembro também testemunhou uma escalada expressiva, passando de 1.045 casos em 2022 para 4.218 em 2023, um crescimento superior a 300%.
O balanço anual revela uma crise emergente, com um aumento de 272,6% nos casos de dengue em 2023 em relação ao ano anterior. Até o momento, foram notificados 42.551 casos em todo o estado, com 22.356 confirmações laboratoriais e 24 óbitos.
Embora algumas cidades apresentem alta taxa de incidência, a SES destaca que, em termos proporcionais à população, os índices ainda estão abaixo dos verificados historicamente durante epidemias.
A dengue, sendo a arbovirose urbana mais relevante nas Américas, exige uma resposta coordenada e urgente. O Dia Nacional de Combate à Dengue, celebrado no penúltimo sábado de novembro, busca conscientizar a população sobre a prevenção da doença.
O Ministério da Saúde destaca que recipientes de água para consumo, como caixas d’água e tambores, respondem por 39,6% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti. Vasos, garrafas, calhas e depósitos naturais totalizam 36,45%, enquanto pneus e resíduos representam 23,95% dos pontos de reprodução do mosquito.
Diante dessa realidade preocupante, é crucial unir forças para enfrentar a propagação da doença. A população deve buscar assistência médica ao surgirem os primeiros sintomas de dengue e adotar medidas preventivas, eliminando água parada e evitando o acúmulo de lixo, pneus e recipientes descobertos. A conscientização e a ação coletiva são fundamentais para proteger a saúde pública e conter o avanço da dengue em nosso estado.