Hoje, 12 de outubro, é um dia mais que especial no país: Dia de Nossa Senhora Aparecida, e das Crianças, a data se faz ainda mais especial devido à comemoração pelos 90 anos de um dos símbolos do Brasil, a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
Com 38 metros de altura, o monumento erguido em 12 de outubro de 1931, no alto do morro do Corcovado e a 710 metros do nível do mar, foi posicionado de braços abertos.
Inaugurada pelo ex-presidente Getúlio Vargas, nas últimas décadas uma história se popularizou ao contar que a estátua fora um presente da França para o Brasil. Mas não é isso que aponta a pesquisa da documentarista Bel Noronha.
Seu bisavô, Heitor da Silva Costa, foi o engenheiro e arquiteto que venceu um concurso organizado pela igreja em 1921. O objetivo era construir a estátua em homenagem a Jesus Cristo, tendo como pano de fundo o centenário da independência, no ano seguinte.

Bel descobriu que Heitor comandou o projeto do início ao fim, em 12 de outubro de 1931, quando a obra foi concluída. Suas pesquisas deram origem aos documentários Christo Redemptor (2005) e De braços abertos (2008).
A história sobre o “presente” da França para o Brasil se propagou por causa das participações de profissionais franceses no projeto. Heitor da Silva Costa contratou o engenheiro Alberto Caquot para fazer os cálculos estruturais, e o escultor Paul Landowski, uma das estrelas do movimento art déco, para fazer a estátua, que enviou uma maquete de quatro metros para o Brasil de navio. Já as cabeças e as mãos foram feitas em tamanho natural.
A imagem gigante de Cristo foi reproduzida em concreto armado e revestida em pedra-sabão. Os mosaicos que eram aplicados na estátua eram feitos por grupos de mulheres que se reuniam na casa paroquial.
O Cristo passou por reparos para o aniversário de 90 anos e ganhou uma estação meteorológica para a medição dos ventos que atingem a estátua, além de novos para-raios.