Nesta quinta-feira (19/12), agentes da Polícia Federal conduziram operações de busca em locais associados a assessores dos deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). A operação, batizada de “Rent a Car”, recebeu o aval do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, embora os pedidos de busca contra os próprios parlamentares tenham sido recusados pelo judiciário e pela Procuradoria-Geral da República.
Ao todo, seis mandados de busca foram expedidos, abrangendo áreas no Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal. Os nomes dos assessores envolvidos não foram revelados. Segundo a Polícia Federal, a investigação foca num esquema de desvio de recursos públicos, com empresários e agentes públicos utilizando contratos forjados com locadoras de veículos para executar o golpe.
Informações coletadas pela GloboNews revelam que o esquema também envolveria transferências financeiras sem justificativas claras e a técnica de “smurfing”, que consiste em fragmentar uma grande quantia de dinheiro ilegal em múltiplos depósitos menores para evitar detecção por autoridades fiscais.
Adicionalmente, os investigadores estão averiguando uma possível conexão dos assessores com uma empresa previamente mencionada em investigações de fraude em licitações no Amazonas.
Em resposta aos recentes acontecimentos, o deputado Sóstenes Cavalcante informou que tomou conhecimento dos mandados de busca através da mídia e que seus advogados estão aguardando acesso ao processo. Em conversa por telefone com Carlos Jordy, Cavalcante mencionou que ambos os deputados têm contratos com a mesma locadora de veículos, que vem prestando serviços aos seus gabinetes desde o primeiro mandato de Cavalcante (2015-2018). Ele enfatizou que não teme as investigações e está pronto para esclarecer quaisquer questões.
Foto: Divulgação/Agência Câmara