PF e PM prendem seguranças de Pipito, número dois da milícia de Zinho

PF e PM prendem seguranças de Pipito, número dois da milícia de Zinho
Foto: Divulgação/Reprodução
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Na residência de Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como Pipito, as autoridades apreenderam armas, celulares e dinheiro. Nesta sexta-feira (27), agentes da Polícia Federal e da Polícia Militar, incluindo a Corregedoria da PM, efetuaram a prisão de dois homens encarregados da segurança de Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, apontado como o atual segundo no comando da milícia liderada por Luis Antônio da Silva Braga, também conhecido como Zinho.

A operação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e pelo Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas da PF (GISE/RJ), juntamente com policiais da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar da PMERJ, que se dedica à investigação de milícias.

Durante a operação, foram apreendidas na residência de Pipito, localizada em Antares, Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro, as seguintes evidências: 101 munições de calibre 5.56, seis carregadores de pistola, quatro carregadores de fuzil calibre 5.56, R$ 22 mil em espécie, nove cordões dourados, duas pulseiras douradas, um relógio de luxo, um par de algemas, dois celulares, dois cadernos de contabilidade e uma bandoleira de fuzil.

Os mandados de prisão foram expedidos após investigações relacionadas à Operação Dinastia, conduzida em 2022, que visava membros da maior milícia do Rio. Vinte e três mandados de prisão temporária foram emitidos, incluindo para Zinho e Pipito, que atualmente estão foragidos.

Segundo informações da polícia, Pipito se associou à milícia em 2017, quando o grupo paramilitar era liderado por Carlos Alexandre da Silva Braga, conhecido como Carlinhos Três Pontes. Ele já foi um dos homens de confiança de Wellington da Silva Braga, também chamado de Ecko, tio de Faustão, e chegou a ser preso em 2018 com duas pistolas em sua residência.

De acordo com as denúncias da Operação Dinastia, conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, Pipito era considerado o líder da milícia na comunidade de Antares, em Santa Cruz. Essa região era estratégica para a milícia, uma vez que antes era controlada pelo Comando Vermelho. No entanto, a milícia continuou a lucrar com o tráfico de drogas na região.

Em uma das mensagens interceptadas, Pipito é visto em conversas com um miliciano chamado Flex, onde ele pede auxílio para elaborar a escala das “guarnições” da milícia responsáveis pelo patrulhamento da região de Antares. A segurança pública continua sendo uma preocupação crescente na região devido à presença e atuação das milícias.

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