Na tarde do último domingo (25/08), a Polícia Militar, com o apoio do Batalhão de Ações (BAC), fez uma apreensão significativa no Complexo da Maré, na zona Norte do Rio de Janeiro. Durante uma operação de rotina, os agentes encontraram uma tonelada de maconha escondida na Escola Municipal Maria Amélia Castro Belford.
A droga, distribuída em 250 tabletes, estava oculta em dutos de ar na área externa da escola. A apreensão ocorreu no oitavo dia de uma operação voltada para a demolição de construções irregulares no conjunto de comunidades do Parque União, vizinho ao local.
A descoberta foi feita por cães farejadores e a droga foi encaminhada para a delegacia de Bonsucesso, onde a 21ª DP (Bonsucesso) está investigando o caso. Nenhum suspeito foi preso durante a ação.
A Secretaria Municipal de Educação informou, em nota ao SBT, que bandidos invadiram o terreno da escola e esconderam a droga quando o local estava fechado e sem funcionários. A Secretaria repudiou o uso de uma escola, um espaço sagrado, para atividades criminosas.
Além disso, a Secretaria de Ordem Pública (SEOP), com apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar, realizou ações no Parque União, focando em construções irregulares. Até o momento, 32 prédios e cerca de 162 apartamentos foram descaracterizados. A demolição dessas construções continuará nos próximos dias.
A investigação da Polícia Civil revelou que o Comando Vermelho (CV) utilizava imóveis e empreendimentos no Parque União para lavar dinheiro do tráfico de drogas. O líder da comunidade, Jorge Luís Moura Barbosa, conhecido como Alvarenga, possui 86 anotações criminais e é alvo de 175 inquéritos policiais. Ele desempenha um papel crucial nas operações do CV, incluindo a expansão territorial e atividades econômicas ilegais.
