Policial Militar preso em operação com cocaína no Rio tem ligação com chefe do Comando Vermelho

Policial Militar Preso em Operação com Cocaína no Rio tem Ligação com Chefe do Comando Vermelho
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Na avenida Brasil, em direção ao Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, um policial militar foi preso em flagrante enquanto fazia a segurança de 100 kg de cocaína. Segundo investigações, esse policial é um dos homens de confiança do chefe do Comando Vermelho nas ruas, Wilton Carlos Rabello Quintanilha, conhecido como Abelha.

A investigação revela que o sargento Yuri Luiz Desiderati Ribeiro, de 36 anos, mantinha ligações com Abelha há mais de um ano. Sua atuação na organização criminosa também era intermediada por William de Souza Guedes, conhecido como Corolla, outro integrante da cúpula do Comando Vermelho. Desiderati, que estava na PM há 13 anos, era responsável pelo armazenamento da droga em uma transportadora na Baixada Fluminense. A cocaína era transportada até o Complexo da Penha, onde fica o quartel-general da facção criminosa, para distribuição em outras favelas do grupo.

Segundo a investigação, o sargento do 21º BPM era responsável por transportar a droga pelo menos três vezes por mês. Antes dessa investigação, ele não tinha histórico de desvio de conduta na corporação, onde atuava no patrulhamento.

A operação conjunta da PM e da Polícia Civil resultou na prisão de nove suspeitos, incluindo o policial militar. As investigações também revelaram mensagens trocadas entre Abelha e um criminoso encarregado de ocupar territórios na zona oeste do Rio entre fevereiro e maio deste ano. A região, historicamente dominada por milicianos, passou a ser ocupada pelo Comando Vermelho após um acordo entre Abelha e o líder da milícia, Luis Antônio da Silva Braga.

As mensagens mostram a ação descrita como uma “caçada” aos rivais, com referências ao assassinato de inimigos. Abelha, chamado de “general” pelo suspeito, elogiou a ação em mensagens trocadas. Outros diálogos mostram Abelha fazendo pagamentos aos criminosos envolvidos na ação e discutindo planos com outros líderes do Comando Vermelho nas ruas.

Este caso revela a complexidade da criminalidade organizada e a importância do trabalho conjunto das autoridades de segurança para combater o tráfico de drogas e outras atividades ilícitas nas comunidades do Rio de Janeiro.

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