Presidente da Câmara refuta alegações de Bolsonaro durante sessão de celebração à redemocratização

Motta contradiz versão bolsonarista: “somos um país democrático”
Foto: Divulgação/Reprodução
Facebook
Twitter
WhatsApp

Em uma sessão solene para celebrar os 40 anos da redemocratização do Brasil, Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, desafiou diretamente as alegações de perseguição política feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Durante o evento, Motta enfatizou que o Brasil não enfrenta mais os problemas de um período não democrático, refutando a narrativa de censura e perseguição política sustentada por Bolsonaro após as eleições de 2022.

Motta declarou que, hoje, não existem jornais censurados, nem vozes silenciadas à força, e rejeitou a ideia de perseguições políticas ou crimes de opinião. Sua fala ocorreu após a denúncia de Bolsonaro de que seus apoiadores sofreram ataques injustos por parte das autoridades. Os apoiadores de Bolsonaro haviam bloqueado estradas e acampado em frente a quartéis, pedindo um golpe militar para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, culminando em atos de vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.

No dia seguinte à declaração de Motta, Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, anunciou que se licenciaria do cargo de deputado federal e se mudaria para os Estados Unidos, alegando temer prisão por suposta perseguição política e considerando pedir asilo político nos EUA.

Adicionalmente, a sessão solene homenageou o ex-presidente José Sarney e contou com a presença de ministros do STF e representantes do Executivo. As celebrações dos 40 anos de redemocratização ocorrem em um contexto de debates sobre um projeto de lei que busca anistiar os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro de ter concordado com um plano golpista que incluía a tentativa de assassinato de figuras políticas importantes. A investigação conta com o envolvimento de ministros militares e tem sessões de julgamento agendadas pelo STF.

Foto: Reprodução/Internet

Leia Mais