Nesta terça-feira (7), a justiça do Rio de Janeiro conduziu a primeira audiência do caso de agressão ao ator Victor Meyniel por meio de videochamada. Durante a sessão, que aconteceu na 27ª Vara Criminal do TJRJ, cinco testemunhas foram ouvidas.
Na audiência, a vítima, Victor Meyniel, e o réu, o estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre, envolvidos em um caso de lesão corporal e injúria por homofobia, se encontraram pela primeira vez desde o incidente ocorrido no início de setembro. O ataque aconteceu na portaria de um edifício em Copacabana, na Zona Sul do Rio. É importante mencionar que o porteiro do prédio não interveio na agressão e foi indiciado por omissão de socorro.
O depoimento das testemunhas de acusação e defesa marcou a audiência desta terça-feira. Entre as testemunhas ouvidas estavam o porteiro Gilmar José Agostini, a amiga de Yuri que estava no apartamento, Karina de Assis Carvalho, o síndico do edifício, Marcos de Carvalho Abrantes, e os policiais militares Felipe Bento Pereira e Fabiano Velasco Valadão, do 19º BPM (Copacabana).
Yuri permanece detido preventivamente no Complexo de Bangu, situado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O caso de agressão a Victor Meyniel tem gerado grande repercussão e provocado debates sobre a violência homofóbica. A sociedade e os defensores dos direitos LGBTQ+ acompanham com atenção o desenrolar do processo, na expectativa de que a justiça seja feita e atos de violência baseados em preconceito sejam devidamente punidos.
A realização da audiência por videochamada foi uma medida adotada para facilitar a participação das partes envolvidas no processo, levando em consideração a pandemia da COVID-19 e a necessidade de minimizar riscos.