Por Redação O CONTEXTO
Mesmo com acréscimo de R$ 6 milhões firmado em novo contrato, o Hospital Maternidade de Queimados não tem conseguido oferecer bons atendimento à população. No início de maio desse ano, O CONTEXTO já havia publicado matéria sobre o assunto, que naquela ocasião ainda não tinha concluído processo de contratação através do novo edital, que passou o valor de repasse para a nova OS de R$ 15 para R$ 22 milhões, mesmo que o serviço prestado seja o mesmo, assim como o prazo vigente.
A esperança da população de passar a ter melhores atendimentos na unidade de saúde logo se transformaram em decepção. Desde a mudança no contrato, apesar do aumento significativo, relatos mostram que a situação piorou bastante. O novo contrato foi assinado no dia 13 de junho e a nova instituição já recebeu R$ 1 milhão a título de investimento. Apesar disso, muitos usuários da unidade reclamam sobre a falta de medicamentos e insumos na maternidade municipal.
No mês passado, um casal de gêmeos morreu na unidade devido à falta de atendimento adequado. Um tio dos recém-nascidos gravou um vídeo, que viralizou ao revelar a inexistência de incubadora na unidade.
Falta transparência
Representações feitas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e ao Ministério Público (MPRJ) apontam que o processo de escolha da nova gestora da unidade teria se dado de forma nada transparente. Os documentos apontam supostas irregularidades e suspeita de favorecimento. Antes da apresentação das propostas, seis concorrentes tiveram o pedido de reconhecimento como organização social negado pela administração municipal, inclusive o Instituto Se Liga, que detinha o contrato de gestão anterior e atendia a população com R$ 6 milhões menos.
Apesar de já ter liberado R$ 1 milhão para a nova administradora, a prefeitura ainda possui pendências financeiras a pagar à antiga gestora do contrato. A Prefeitura que habilitou apenas duas instituições e o IMP acabou concorrendo sozinho. O espaço está aberto para Secretaria Municipal de Saúde de Queimados prestar seus esclarecimentos. Antes de o atual prefeito, Glauco Kaizer (SOLIDARIEDADE), substituir a instituição que administrava o hospital e aumentar o valor do contrato, a maternidade divulgava a existência de setores bem equipados para atender as mães da cidade. Hoje, elas sentem medo de dar à luz no local.