O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicou aos Ministros do STF que Ricardo Lewandowski, ex-presidente da Corte, assumirá como o novo Ministro da Justiça, substituindo Flávio Dino, que será empossado no Supremo, segundo informações do Estadão.
Embora o anúncio oficial ainda não tenha sido feito, espera-se que a nomeação seja concretizada até o fim desta semana. Lewandowski solicitou um prazo para a definição de sua equipe, sendo este o motivo do atraso na divulgação.
A conversa entre o mandatário e Lewandowski ocorreu na última segunda-feira (8) no Palácio da Alvorada, em Brasília. Ao contrário de especulações, o Ministério da Justiça não será dividido, mantendo, portanto, a responsabilidade sobre a segurança pública.
Lewandowski sempre foi contra essa separação de funções. Em conversas reservadas, ele chegou a dizer que o desmembramento do Ministério da Justiça não era uma operação tão simples como “tirar um paletó”, uma vez que as estruturas são interligadas.
Por outro lado, Flávio Dino solicitou a Lula a permanência do secretário-executivo Ricardo Cappelli, cujo destino se tornou um ponto de impasse para o anúncio de Lewandowski. Até o momento, Manoel Carlos de Almeida Neto é o nome mais cogitado para ocupar o cargo.
O Ministério da Justiça, por ser uma posição estratégica no Executivo, desempenha um papel importante na articulação entre os poderes.
Vale destacar que Lewandowski possui experiência em projetos relacionados ao sistema prisional, audiência de custódia, saúde carcerária e sistema de execução unificada, desenvolvidos durante sua presidência no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
