Ronnie Lessa, acusado de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, trouxe informações reveladoras durante sua delação premiada à Polícia Federal. Segundo o “Intercept Brasil”, Lessa identificou Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), como um dos mandantes do atentado.
Preso em 2019, Lessa decidiu colaborar com informações sobre o caso no final de 2023. Contudo, seu acordo ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), considerando o foro privilegiado do possível mandante, Domingos Brazão. A investigação sugere que Brazão teria ordenado o crime como um ato de vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual, com quem Marielle trabalhou por uma década na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Brazão e Freixo, ambos ex-deputados, tinham relações conflituosas no Parlamento Fluminense.
Élcio de Queiroz, também detido pelo caso, em sua delação à PF, mencionou Domingos Brazão no contexto do assassinato de Marielle Franco.
O advogado Márcio Palma, representante de Domingos Brazão, afirmou ao “Intercept Brasil” não ter conhecimento da informação, obtendo todas as informações sobre o caso pela imprensa, uma vez que seu pedido de acesso aos autos foi negado, alegando que Brazão não era investigado.
