O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou, na madrugada desta quinta-feira (2), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou coagi-lo a dar um golpe de Estado para seguir no Palácio do Planalto. Em vídeo nas redes sociais, o parlamentar não deu detalhes sobre quando nem como a proposta foi feita, mas disse ter recusado e denunciado o caso.
Segundo o senador, Bolsonaro teria tentado convencê-lo a participar de um golpe de Estado para manter-se no poder. Ele também disse que Bolsonaro o havia chamado de “bolsonarista”, o que o teria incomodado.
Marcos do Val disse que vai publicar na revista Veja a tentativa de Bolsonaro de coagi-lo a dar um golpe de Estado. Ele afirmou que já denunciou o caso e que aguarda as providências necessárias. O senador destacou que não aceitará qualquer tipo de tentativa de golpe de Estado e que a democracia deve ser preservada.
Marcos do Val anunciou sua renúncia do Senado Federal, após quatro anos de dedicação exclusiva ao Espírito Santo. Em seu comunicado, ele se queixou da perda de convivência com a família e dos ataques sofridos durante o mandato. “As ofensas que tenho vivenciado estão sendo muito pesado para a minha família. Que Deus conforte os corações de todos os meus eleitores. Desculpem, mas meu tempo, a minha saúde até a minha paciência já não estão mais em mim!”
A renúncia será apresentada nos próximos dias ao comando da casa legislativa. Marcos do Val também disse que pretende retomar sua carreira nos Estados Unidos. Ele destacou que a decisão de sair da política foi tomada após sofrer um princípio de infarto.
A saída de Marcos do Val do Senado Federal é uma perda para o Espírito Santo. O parlamentar foi um grande defensor dos interesses do estado e se dedicou ao máximo durante seu mandato. Sua renúncia deve ser respeitada e sua decisão de retomar sua carreira nos Estados Unidos deve ser apoiada.
Marcos do Val só deixaria o cargo de senador em fevereiro de 2027. Com a renúncia do parlamentar, a primeira suplente da chapa, Rosana Forest, assumirá o cargo. Na época da eleição de 2018, ela era filiada ao PPS (hoje Cidadania).