Setembro Amarelo: Maricá discute prevenção ao suicídio e valorização da vida em escola de idosos em Itaipuaçu

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Evento reuniu mais de 100 pessoas na palestra do psicólogo, neurocientista e filósofo Alan Christi Rocha

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Educação, promoveu nesta quinta-feira (19/09) uma roda de conversa que é parte da programação do Setembro Amarelo, que é o mês de prevenção ao suicídio e de valorização da vida. Mais de 100 alunos da Escola Municipal de Idosos Milton Felipe Diniz foram até o auditório do Campus de Educação Pública Transformadora (CEPT) Leonel de Moura Brizola, em Itaipuaçu, para ouvir a palestra do professor, psicólogo, neurocientista e filósofo Alan Christi Rocha. Em seguida, os estudantes puderam fazer perguntas.

O palestrante iniciou sua fala contando que parte dos casos de suicídio atualmente se dá por conta do ritmo  intenso da vida moderna, o que já teria sido previsto há quase 100 anos por Sigmund Freud, o ‘pai da psicanálise’.

“Ele já afirmava que, se o ritmo de crescimento da sociedade continuasse aumentando, seria impossível para as pessoas viverem de fato, e está acontecendo. Por conta do volume cada vez maior de compromissos pra gente dar conta, não há tempo sequer de ouvir uma mensagem de áudio, que são aceleradas e parecem brigas quando a gente escuta. Hoje estamos sobrevivendo, e não vivendo”, avaliou Alan, que revelou uma preocupante estatística.

“Quando se fala em um milhão de suicídios ao ano no planeta, significa dizer que há um caso a cada 30 segundos em todo o mundo. É um grito de socorro que a sociedade está nos dando. Nesse tempos, estamos no auge de nossa sensibilidade, nosso ‘copo’ está sempre cheio. Por isso, é muito importante que cada um aqui valorize seus afetos, pois todos têm os seus. Isso é valorizar também a vida”, garantiu ele.

Para a diretora da escola de idosos, Bina Ribeiro, a quantidade de problemas que podem levar uma pessoa ao suicídio diminui bastante em ambientes como a própria escola, onde os idosos têm não somente uma série de atividades como novas amizades, que consequentemente criam novos vínculos.

“Hoje eles têm amigos, grupos de mensagens para trocar ideias e, assim, não se sentem mais sozinhos. É mais uma motivação para viver e evitar fatores que levam à depressão e, em casos mais graves, ao suicídio”, ponderou a diretora.

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