Tornado devasta o Paraná: mortes, centenas de feridos e cidades em ruínas

Entre os dias 8 e 10 de novembro de 2025, o estado do Paraná foi atingido por um dos eventos meteorológicos mais severos da sua história recente. Um tornado devastador deixou ao menos seis mortos, centenas de feridos e milhares de desabrigados, atingindo principalmente o município de Rio Bonito do Iguaçu, onde 90% da área urbana foi danificada.

Os ventos ultrapassaram 250 km/h, arrancando telhados, destruindo casas inteiras e arrastando veículos. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros mobilizaram equipes de resgate que trabalharam sem parar durante todo o fim de semana. O governo estadual decretou calamidade pública e iniciou imediatamente a reconstrução de infraestruturas básicas.

O cenário da destruição

Bairros inteiros foram arrasados. Em vídeos feitos por moradores, é possível ver casas reduzidas a escombros, redes elétricas destruídas e carros retorcidos. A tempestade atingiu principalmente a região central do estado, provocando apagões, interdição de estradas e colapso parcial das comunicações.

Moradores relatam que o fenômeno começou com fortes trovões e ventos giratórios, aumentando em segundos até formar um enorme redemoinho que varreu tudo pela frente. Muitos conseguiram escapar apenas porque buscaram abrigo em porões e estruturas subterrâneas.

Linha do tempo dos acontecimentos

08/11: A formação do tornado é registrada; Rio Bonito do Iguaçu sofre o impacto principal.
09/11: Hospitais recebem centenas de feridos; equipes de resgate trabalham sem descanso.
10/11: O governo confirma a morte de seis pessoas e anuncia apoio financeiro para reconstrução emergencial.

Por que o tornado foi tão forte

Meteorologistas explicam que o fenômeno foi resultado de uma combinação de calor intenso, alta umidade e encontro de massas de ar frio vindas do sul do continente. Esse choque criou um ambiente ideal para tempestades supercelulares, capazes de gerar tornados de grande magnitude.

Especialistas classificaram o tornado entre os níveis EF2 e EF3 na escala Fujita, o que significa ventos entre 180 e 250 km/h — força suficiente para derrubar construções de alvenaria.

População em choque e reconstrução

A população vive agora o desafio da reconstrução. Centenas de famílias perderam tudo e contam com abrigos temporários, doações e o trabalho de voluntários. O governo estadual iniciou mutirões para retirada de entulhos e recuperação da rede elétrica.

Enquanto isso, psicólogos e assistentes sociais prestam atendimento emergencial às vítimas que relatam traumas e medo de novas tempestades.