Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina morto por policiais em SP _ Foto: Reprodução/Internet
Na madrugada desta quarta-feira, em São Paulo, uma operação policial resultou na morte de Marco Aurélio Cardenas Acosta, um estudante de medicina de 22 anos. O incidente aconteceu por volta das 2h50 na escadaria de um hotel na Rua Cubatão, na Vila Mariana, Zona Sul da cidade. O policial Guilherme Augusto Macedo disparou à queima-roupa contra o peito do jovem.
Claudio Silva, o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, criticou a ação, afirmando que não se seguiu o protocolo de uso gradativo da força, conforme exigem as normas internas da Polícia Militar paulista. Silva descreveu o incidente como uma tragédia anunciada e um reflexo da queda na profissionalização da PM. Ele alertou que esse tipo de violência ameaça todas as classes sociais, impactando desde os mais pobres até os mais abastados.
Câmeras de segurança do hotel capturaram o momento em que Macedo segurava o braço de Acosta, que tentava se libertar, enquanto outro policial o chutava. Logo em seguida, Macedo efetuou o disparo que levou Acosta ao chão. Contrariando a versão oficial da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), que alega que Acosta havia atacado os policiais, as imagens mostram que ele tentava fugir.
O ouvidor ressaltou que existem outros protocolos que deveriam ser considerados antes de se optar por disparar a arma, especialmente quando o jovem não representava risco iminente à integridade física dos oficiais. Acosta foi levado ao hospital Ipiranga, mas não sobreviveu ao ferimento.
O caso deixou a comunidade acadêmica em luto. A Associação Atlética Acadêmica Medicina Anhembi Morumbi expressou seu profundo pesar pelo falecimento de Acosta e se solidarizou com a família e amigos do jovem, destacando a perda de um amigo e de um futuro médico que prometia salvar muitas vidas.