Na noite de quinta-feira (28), entregadores realizaram um protesto em frente a um condomínio na Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, após uma suspeita de agressão. De acordo com relatos, o motoboy encarregado da entrega não subiu para entregar o pedido no apartamento, levando o cliente a descer armado e agredi-lo.
Bruno Arantes, o motoboy agredido, relatou o incidente, explicando: “Cheguei para fazer a entrega e pedi ao porteiro que avisasse ao homem para descer. O cara já desceu armado e começou a me xingar. Então, virei as costas, e ele me deu uma coronhada nas costas.”
Bruno, que trabalha como entregador há dois anos, ficou abalado com a situação e comentou: “O psicológico fica abalado. Nem sei se vou trabalhar hoje. Isso é total desrespeito com nossa classe. Não somos obrigados a subir em apartamentos.”
Por volta das 20h, dezenas de entregadores se reuniram em frente ao Condomínio Nova Penha para protestar contra a suposta agressão, resultando em um buzinaço. A Polícia Militar (PM) foi acionada para lidar com a situação e esclareceu que o agressor não era um policial. Os envolvidos foram encaminhados para a 22ª DP (Penha).
O Ifood emitiu uma nota condenando ofensas e agressões a entregadores e afirmou que clientes com esse tipo de comportamento podem ser suspensos ou excluídos. A empresa também esclareceu que a responsabilidade do entregador é entregar no primeiro ponto de contato na residência da pessoa, que, no caso de condomínios, é a portaria.
O protesto ocorre no contexto de uma greve dos entregadores no Rio de Janeiro, marcada para sexta-feira (29), com uma manifestação planejada em frente à igreja da Candelária, no Centro do Rio. Os entregadores reivindicam melhorias nas condições de trabalho, incluindo pagamento por horas logadas.