Viradouro traçou um paralelo entre o carnaval de 1919, com foliões celebrando o fim da gripe espanhola, e o carnaval de 2022, o primeiro após a pandemia da Covid-19. A atual campeã fez um desfile retrô com fantasias e carros cheios de brilhos, nesta madrugada de sábado (23).

- O carro abre-alas relembrou os tempos em que o Rio era capital do Brasil, em carnavais pomposos e iluminados, com influência francesa;
- Erika Januza estreou como rainha de bateria, vestida como uma rainha do Cordão da Bola Preta;
- Uma chave “voadora” chamou atenção na comissão de frente, indo das mãos de um pierrô para as mãos do Rei Momo.
Em busca do terceiro título no carnaval carioca, a escola vermelha e branca foi a penúltima a desfilar.
A comissão de frente veio inspirada pela música “E o mundo não se acabou”, composição de Assis Valente famosa na voz de Carmen Miranda.

Na apresentação, um pierrô protegeu o carnaval de várias “Mortes”, representadas por caveiras. No fim da coreografia, a chave da cidade do samba ia das mãos dele para a mão do Rei Momo, voando com ajuda de um drone.
Lugares clássicos do carnaval de mais de 100 anos atrás foram lembrados ao longo do desfile. Um carro levou para a avenida um bonde, reduto de foliões naqueles tempos.
Outro carro retratou o Liberty Club, famoso por ter grandes bailes da fantasia. O quinto e penúltimo carro, por sua vez, retratou a Praça Onze, onde negros desfilavam em seus blocos.
O clima retrô permaneceu em todo o desfile, com alas jogando pipoca em todo mundo, lembrando banho de mar à fantasia, coretos e a folia na barca Rio-Niterói.


Lorena Improtta, musa da Viradouro — Foto: Roberto Teixeira