O cenário para a indicação de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF) se mostra promissor, com o relator, senador Weverton Rocha (PDT-MA), projetando uma maioria sólida de mais de 50 votos favoráveis. Para a aprovação, são necessários pelo menos 41 votos dos 81 senadores em plenário.
Rocha, antecipando seu parecer positivo, destaca a “vida vitoriosa” e o “pleno saber jurídico” de Flávio Dino. Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (28), o senador demonstra confiança na sabatina agendada para 13 de dezembro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
“Eu acho que vamos sair com no mínimo 50 [votos], que é um número tranquilo para passar no plenário. Achamos que ele pode chegar a 58 ou a 62. […] Tem colega senador que não vai votar nele, mas não tem o porquê de ele não conversar com o colega,” destaca o relator.
Senadores de oposição ao governo manifestam intenção de votar contra, alegando preocupações com a politização do tribunal e revanchismo. Eduardo Girão (Novo-CE) questiona a nomeação de um político para o STF, levantando dúvidas sobre a imparcialidade do órgão.
A indicação de Flávio Dino por Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a vaga de Rosa Weber é respaldada por uma trajetória jurídica consistente, com graduação pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e mestrado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Sua experiência de 12 anos como juiz federal inclui cargos de destaque, como a presidência da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a secretaria-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).