Delegados condenados por crimes continuam na Polícia Civil do RJ

Delegados condenados por crimes continuam na Polícia Civil do RJ
Foto: Divulgação/Reprodução
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Apesar de terem sido condenados por crimes graves, incluindo organização criminosa, extorsão mediante sequestro, usurpação de função pública e corrupção, dois delegados da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rodrigo Sebastian Santoro Nunes e Thiago Luís Martins da Silva, permanecem na instituição. Além disso, eles receberam mais de R$ 700 mil em salários nos últimos meses.

Os delegados foram sentenciados em dezembro de 2022 como parte de uma investigação do Ministério Público do Estado (MPRJ) que desvendou um esquema criminoso envolvendo policiais civis, militares e um bombeiro. Esse esquema tinha como alvo vendedores de mercadorias piratas, ambulantes, postos de gasolina, bingos, donos de veículos clonados e comerciantes em situação irregular no Rio de Janeiro, extorquindo dinheiro deles.

Rodrigo recebeu uma pena de 16 anos e quatro meses de prisão, enquanto Thiago foi condenado a 15 anos. A sentença também resultou na perda de seus cargos públicos, assim como de outros 9 policiais civis envolvidos no esquema.

Apesar da decisão judicial, os dois delegados continuam fazendo parte da Polícia Civil e estão com seus salários em dia, de acordo com o Portal da Transparência do Estado.

Desde suas condenações, Rodrigo recebeu R$ 401.520,77 e Thiago obteve R$ 367.861,82 dos cofres públicos.

Embora a Polícia Civil tenha anunciado a abertura de Processos Administrativos Disciplinares (PADs) para investigar irregularidades cometidas por seus agentes, as investigações internas da instituição parecem estar paralisadas.

Esses casos ilustram a morosidade das investigações da Corregedoria Interna da Polícia Civil, com muitos processos se arrastando por anos. A Polícia Civil alega que a corregedoria segue os procedimentos legais, considerando a complexidade de cada caso, e que a suspensão dos pagamentos ocorre apenas mediante demissão ou condenação criminal com processo transitado em julgado.

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