A prisão do jornalista alemão Rainer Adolph, de 71 anos, ocorrida na terça-feira (27) em sua residência em Curicica, Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, chocou a sociedade. Adolph foi preso em flagrante por armazenar conteúdo de abuso sexual infantil em seus dispositivos eletrônicos, após uma investigação que começou com a prisão de outro indivíduo, em janeiro, pelos mesmos crimes.
Na casa do jornalista, foram encontrados objetos de sadomasoquismo, vestimentas infantis, brinquedos sexuais, computadores e cerca de 30 mil arquivos contendo imagens de abuso sexual contra crianças, alguns deles criptografados. A polícia aponta que parte dos vídeos foi produzida pelo próprio Adolph, mostrando crianças e adolescentes em situações de abuso, e que essas mídias eram comercializadas na Europa.
Além disso, nas redes sociais, Adolph compartilhava fotos de meninas em sua piscina, vídeos de menores dançando e imagens íntimas. Ele está no Brasil desde 2000 com um visto de trabalho e é investigado por estupro de vulnerável e comercialização de conteúdo de abuso. A operação contou com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima e da Subsecretaria de Inteligência.
