Na quarta-feira, Hugo Antônio Sabino Dias, de 50 anos, foi detido sob a acusação de extorsão a um jovem de 18 anos no interior de um shopping em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. O acusado se apresentou de forma enganosa à vítima como um policial da delegacia do Centro da cidade, afirmando que estava acompanhado por mais seis agentes de plantão. O crime ocorreu no dia 23 de março e estava sob investigação da 76ª Delegacia de Polícia. O suspeito já tinha antecedentes criminais por extorsão, estupro e uso de documento falso, e já havia sido preso anteriormente.
No dia do incidente, a vítima encontrava-se no shopping Bay Market, localizado no Centro da cidade. Em certo momento, ao entrar no banheiro, notou que Hugo o estava observando através do espelho. Ao sair, o suspeito o seguiu de perto até o Terminal Rodoviário João Goulart, a apenas 5 minutos de caminhada do shopping. No terminal, o acusado questionou o jovem sobre suas preferências em relação a relacionamentos homoafetivos. O rapaz afirmou à polícia que respondeu afirmativamente, mas naquele momento não estava interessado.
De acordo com o relato da vítima, Hugo o agarrou pelo braço e o coagiu a segui-lo. Pararam em um cruzamento entre a Avenida Visconde do Rio Branco e a Rua São João, próximo ao terminal e ao shopping, onde o suspeito afirmou falsamente ser um policial da delegacia do Centro de Niterói. Em seguida, Hugo exigiu que o jovem lhe entregasse R$ 600, ameaçando-o com a falsa acusação de ter cometido um “ato obsceno” no banheiro. Caso o valor não fosse pago, ele ameaçou prender o rapaz por um mês.
O jovem explicou que não dispunha da quantia exigida, e Hugo o conduziu a uma loja no Bay Market para que abrisse um crediário. Apresentando-se como tio do rapaz, Hugo fez com que a vítima adquirisse um celular no valor de R$ 900.
Durante as investigações, a polícia prendeu a companheira de Hugo, Alcilene da Conceição Ribeiro, em 13 de abril. Ela foi detida em flagrante com o celular e enfrentará acusações de receptação.
Este caso destaca a importância de denunciar atividades suspeitas e de manter a vigilância em relação a possíveis golpes para garantir a segurança da comunidade.