Um policial do Bope foi registrado por câmeras corporais pegando objetos apreendidos durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 122 mortes em outubro.
Policiais são investigados por levar armas e equipamentos
Cinco policiais do Batalhão de Choque haviam sido presos anteriormente por suspeita de furtarem dois fuzis e peças de um veículo durante a ação. Novas imagens revelam que um agente do Bope também teria levado um radiotransmissor e a capa de um colete à prova de balas, tudo registrado pelas câmeras corporais.
As gravações mostram que, após a rendição de vinte suspeitos em uma residência, o sargento Silva Vieira encontrou um fuzil AK-47 dentro da cozinha e comentou que pretendia ficar com a arma. Segundo o Ministério Público, um equipamento com essas características não consta entre os mais de noventa itens apreendidos.
Momentos depois, o sargento entrega o fuzil a outro policial, que o guarda na mochila, e ambos discutem como ocultar o armamento. Eles cogitam desmontar a peça, mas decidem deixá-la armazenada sem alterações antes de deixar o local.
Conversas revelam intenção de levar itens apreendidos
A Corregedoria também registrou imagens de um policial do Bope, sem identificação na farda, conversando com o sargento Silva dentro do imóvel. Diante dos objetos sobre a mesa, o agente perguntou se havia “algo para levar” e acabou escolhendo um radiotransmissor. Ele também demonstrou interesse pela capa de colete, tudo captado pelas câmeras.
A promotora Allana Poubel informou que dois policiais foram identificados e denunciados por peculado, crime que envolve a apropriação de bens apreendidos em diligências. As imagens ainda mostram outros agentes retirando um segundo fuzil e peças de um carro dentro da comunidade. A defesa dos envolvidos não foi localizada.
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