O Programa Municipal de Saúde Integral da População Negra (PMSIPN) de São Gonçalo marcou presença no seminário “Perspectivas e Desafios para a Garantia de Acesso e da Equidade à Saúde da População Negra do Estado do Rio de Janeiro”, realizado na terça-feira (12) na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, Rio de Janeiro.
Atrelado ao Departamento de Programas (Depro) da Secretaria de Saúde e Defesa Civil da Prefeitura de São Gonçalo, o PMSIPN foi um dos pioneiros na implementação deste tipo de programa no Estado do Rio. A coordenadora do programa, Belmira Félix de Oliveira Rodrigues, participou do painel “Foco nas experiências de implementação do PNSIPN (Política Nacional de Saúde Integral da População Negra) – As experiências nas perspectivas dos municípios e dos movimentos sociais”.
Belmira enfatizou os desafios enfrentados e os sucessos alcançados pelo programa desde sua implementação em 2020, além de discutir as perspectivas futuras. “Participar de eventos como este, onde ocorre a troca de experiências entre cidades, é enriquecedor. São Gonçalo é uma referência, mas também temos muito a aprender com programas implantados em outras localidades”, destacou.
O propósito do Programa Municipal de Saúde Integral da População Negra é atender às diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, criada em 13 de maio de 2009. O secretário municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo, Dr. Gleison Rocha, ressaltou a importância do programa para garantir um atendimento mais equitativo à saúde, abordando aspectos de promoção, prevenção, atenção, tratamento e recuperação de doenças específicas desse grupo populacional.
Doenças como hipertensão arterial, diabetes mellitus e síndrome hipertensiva na gravidez têm maior prevalência na população negra, influenciadas por fatores socioeconômicos e genéticos. Uma pesquisa está sendo conduzida nas unidades de saúde para coletar dados precisos sobre a população negra de São Gonçalo, por meio da autodeclaração racial.
A conscientização sobre a importância da autodeclaração racial está sendo promovida por meio de capacitações e visitas técnicas nas unidades de saúde, conforme orientação do Ministério da Saúde. Esse processo visa não apenas direcionar políticas públicas de forma mais eficaz, mas também respeitar a individualidade e a identidade de cada indivíduo, reconhecendo a diversidade presente na sociedade