A transição para a República em 1889 marcou um divisor de águas na história política do Brasil, mas, infelizmente, não conseguiu dissipar por completo as marcas da escravidão que se arrastavam. Enquanto o país adotava uma nova forma de governo, as sombras do passado continuavam a influenciar a sociedade, especialmente no âmbito racial.
A luta por igualdade, um dos princípios fundamentais da República, tornou-se uma jornada árdua, com muitos afrodescendentes ainda enfrentando discriminação e desigualdades sociais persistentes. A promessa de uma sociedade mais justa e equitativa não se traduziu de maneira plena, deixando a população afro-brasileira à mercê de desafios estruturais que resistiram às mudanças políticas.
A Proclamação da República, embora tenha encerrado um capítulo na história política do Brasil, não conseguiu fechar as feridas abertas pela escravidão. As disparidades raciais persistem, destacando a necessidade urgente de enfrentar as raízes profundas da discriminação e criar políticas eficazes para promover a igualdade.
