Durante reunião com os comandantes das Forças Armadas para apresentação de estudos sobre a adesão das tropas à tentativa de golpe em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro negou ter recebido voz de prisão do ex-comandante do Exército Freire Gomes. A declaração foi dada em resposta a uma pergunta feita pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante o interrogatório da ação penal relacionada à trama golpista que visava reverter o resultado das eleições de 2022.
Bolsonaro desmentiu o ex-comandante da Aeronáutica Baptista Júnior, presente no encontro, e afirmou que a informação de ter recebido voz de prisão não procedia, sendo desmentida pelo próprio comandante do Exército. O general Marco Antônio Freire Gomes, em depoimento como testemunha, também negou ter dado voz de prisão a Bolsonaro durante a reunião, esclarecendo que apenas alertou o presidente sobre possíveis implicâncias jurídicas caso saísse dos aspectos legais.
O processo de interrogatórios dos réus acusados de participar do “núcleo crucial” da trama golpista está em andamento, e a expectativa é que o julgamento ocorra no segundo semestre deste ano, podendo resultar em condenações que ultrapassam 30 anos de prisão.
* Com informações e foto da Agência Brasil.