Jovens cientistas brasileiros brilham com inovações em premiação nacional

Ideais de transformação social motivaram jovens cientistas premiados
Foto: Divulgação/Reprodução
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Arienny Carina Ramos Souza, uma estudante de 23 anos do Instituto Federal do Pará, desenvolveu um guia para ajudar mulheres a identificar assédio sexual online como parte de sua pesquisa em Ciências Biológicas. Sua análise revelou que mulheres negras e de baixa renda são frequentemente vítimas desse crime. Surpreendentemente, seu estudo ganhou reconhecimento no 30º Prêmio Jovens Cientistas, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em colaboração com a Fundação Roberto Marinho.

Durante a cerimônia de premiação, Arienny, que também foi a primeira de sua família a frequentar o ensino superior, expressou sua emoção e gratidão, especialmente considerando suas origens humildes e educação em escolas públicas. Seu orientador, professor Breno Alencar, a acompanhou no palco quando ela recebeu o prêmio das mãos da ministra Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Outro destaque foi Bernardo Souza Cordeiro, de 19 anos, que completou o curso de Eletrônica no Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais. Ele criou um dispositivo agroecológico para substituir agrotóxicos, utilizando apenas água e sal em um processo eletroquímico para produzir um defensivo com propriedades antimicrobianas. Bernardo, também o primeiro de sua família a entrar na universidade, foi admitido no curso de Engenharia de Controle e Automação na UFMG.

Wenderson Rodrigues, doutorando em física na Universidade Federal de Viçosa, foi reconhecido por seus sensores e equipamentos que beneficiam a saúde pública, segurança alimentar e monitoramento climático. Seu professor, Joaquim Mendes, elogiou seu comprometimento e habilidade para lidar com múltiplos projetos simultaneamente, apesar das dificuldades financeiras enfrentadas por sua família.

Os premiados receberam não apenas reconhecimento, mas também prêmios em dinheiro, computadores e bolsas do CNPq. A ministra Luciana Santos ressaltou a importância de combater o negacionismo científico e promover a ciência, especialmente em tempos de desinformação.

Maysa dos Santos, outra jovem cientista, foi reconhecida por seu microscópio alternativo de baixo custo, criado para escolas no Xingu, Pará, utilizando tecnologia de impressão 3D e componentes reciclados de óculos de realidade virtual.

Esses jovens representam a nova geração de cientistas brasileiros, determinados a fazer a diferença através da inovação e da ciência, enfrentando desafios sociais e ambientais com soluções criativas e acessíveis.

Foto: Divulgação/Agência Brasil

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