Por Patrick Guimarães
“Mi mi mi”, “é só uma gripezinha”, “país de maricas”, a “cloroquina resolve”. Essas são só algumas pérolas ditas pelo presidente Jair Bolsonaro no percurso da pandemia. No quarto ministro da saúde, desde o início da crise sanitária, em fevereiro de 2020, o capitão, que nunca capitaneou nada na vida e vive às custas da máquina pública há mais de 30 anos, ignorou a medicina e simplesmente promoveu as mortes de mais de 500 mil brasileiros, ao não adquirir imunizantes a tempo de salvar essas vidas, através do negacionismo e da inoperância, jamais vistos no país.
Estamos falando de mais de meio milhão de pessoas. Mesmo se o Brasil tivesse participado de guerras ao longo das últimas décadas, dificilmente teríamos atingido esse número de mortes.
Ignorando a ciência e promovendo o caos social, até hoje o presidente dos bolsonaristas insiste em promover aglomerações. E esbanja verba pública para isso. É a guerra da ignorância e do autoritarismo contra o bom senso e os conceitos de humanidade.
Falando sobre a economia, Bolsonaro mantém os mesmos índices de desemprego no país e conseguiu empobrecer ainda mais os brasileiros. Basta ir ao supermercado, aos postos de combustíveis ou simplesmente comprar um botijão de gás de cozinha.
Para piorar, o Brasil se distanciou do restante do mundo, principalmente quanto às vertentes econômica e humanitária. Hoje somos vistos como dominados por um possível novo ditador da América Latina, onde historicamente muitos países do continente já sofreram ou sofrem com governos ditatoriais.
Presenciamos o retrocesso do país como um todo, assim como de seus cidadãos, divididos e desorientados. “Mas Bolsonaro pelo menos é honesto, combate a corrupção”. De fato, a lavagem cerebral seguindo a linha das igrejas deu e dá certo. “Deus acima de tudo. Brasil acima de todos. Pátria amada Brasil”, gosta de sustentar o presidente.
Dia desses um rapaz disse em uma rede social que “está na hora de o brasileiro pagar mais caro pelas coisas e ajudar o Brasil. Se tiver que pagar R$ 100 pelo quilo da carne eu pago, pois sou brasileiro e patriota”. Confesso que senti pena desse rapaz.

Enquanto isso, Bolsonaro come carnes que custam milhares de reais por quilo, saboreia as melhores bebidas e curte suas férias com gastos milionários. Tudo custeado pelo contribuinte, mas para muitos como o rapaz do exemplo acima, é tudo pelo Brasil.
Número de mortes continua alto
No dia 3 de abril desse ano, O CONTEXTO publicou a matéria jornalocontexto.com.br/2021/04/03/cenario-assustador-brasil-pode-ultrapassar-500-mil-mortes-ate-julho/ destacando uma projeção do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington (IHME), dos EUA, sobre a pandemia no Brasil. A previsão alarmante previa um pico de 562 mil mortes por Covid-19 até o dia 1º de julho (daqui a oito dias).
Somente as mortes registradas entre os dias 3 de abril (330 mil) e esta terça-feira, 22 de junho (503 mil), representam 52,47% de todas os óbitos ocasionadas pela doença no país, do início da pandemia, em 2020, até 3 de abril deste ano. Mais 170 mil pessoas não resistiram à covid-19 em menos de três meses.
É nesse momento que o atraso na compra das vacinas está fazendo a diferença. Isso é um fato, independente da ideologia partidária de cada um.
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