Uma mulher denunciou ter sido vítima de uma tentativa de estupro por um segurança no Terminal Rodoviário João Goulart, localizado no Centro de Niterói, na madrugada desta sexta-feira (3). A vítima, que preferiu não se identificar, afirmou que ao pedir informações sobre o horário de seu ônibus, foi coagida pelo segurança a ter relações sexuais com ele.
O incidente ocorreu por volta das 2h, enquanto a mulher tentava pegar a linha 527 com destino a Amendoeira, em São Gonçalo, para voltar para casa. Segundo a vítima, quando ela entrou no terminal, encontrou um homem com uma blusa da empresa Teroni e perguntou se ele trabalhava ali. Ele se apresentou como segurança e, após a primeira interação, a mulher perguntou-lhe sobre o horário do ônibus que ela precisava.
Em seguida, a mulher se dirigiu para sua baia, mas o segurança a seguiu e começou a chamá-la. Ele fez comentários sobre seu corpo, disse que estava excitado com o vestido que ela estava usando e começou a tentar beijá-la. A vítima afirmou que tentava sair, mas era puxada pelo segurança para ser levada para trás do terminal. O suspeito ainda afirmava que estar vestindo um vestido era sinal de que ela estava querendo transar com um homem.
A mulher conseguiu se afastar quando ameaçou gritar por socorro. Ela foi para uma lanchonete que encontrou aberta para pedir ajuda, mas a situação ficou ainda pior quando o chefe da segurança, que estava bebendo na lanchonete, disse que ela estava pedindo para ser abusada. A vítima ainda recebeu ameaças do chefe de segurança caso ela chamasse a Polícia Militar e o envolvesse no caso.
Uma testemunha que estava na lanchonete ajudou a vítima a chamar a PM, mas os suspeitos haviam fugido quando os militares chegaram ao local. A mulher foi levada para a 76° DP (Centro), onde registrou um boletim de ocorrência de importunação sexual.
A Polícia Civil informou que “o caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói. A vítima foi ouvida e diligências estão em andamento em busca de informações para identificar a autoria do crime”. A mulher relatou estar traumatizada e com medo de sair de casa por ter sido ameaçada.